TEMPO DE MUDANÇA
De repente acordo e vejo o dia cinzento.
Onde foi parar o céu azul?
Onde estarão os pássaros
Que não os escuto a cantar?
A brisa que sopra cheira a fumaça,
Enquanto as flores murcham
Desesperadas por falta de ar.
As pessoas andam apressadas pelas ruas,
Expremem-se em filas intermináveis,
Enquanto os carros engalfinham-se
Em um trânsito caótico e parado.
O tempo parece perdido e não anda,
Na parede, um quadro inerte e empoeirado,
Com uma imagem passiva que remete
A lembrança de tudo que eu queria.
No meu peito a dor lancinante e insistente
Que parece ferir a carne como navalha
Enquanto caminho perdido e sem rumo.
Como um peixe no silêncio do aquário
Vou sobrevivendo dia após dia,
Pisando com incerteza o mesmo chão.
Que será de nós?
Ou dominamos nossos medos
Ou teremos que conviver com nossos fantasmas.
Este texto está protegido por lei.
Reservados os direitos autorais.
Proibida a cópia ou a reprodução
sem prévia autorização.
www.ramos.prosaeverso.net
De repente acordo e vejo o dia cinzento.
Onde foi parar o céu azul?
Onde estarão os pássaros
Que não os escuto a cantar?
A brisa que sopra cheira a fumaça,
Enquanto as flores murcham
Desesperadas por falta de ar.
As pessoas andam apressadas pelas ruas,
Expremem-se em filas intermináveis,
Enquanto os carros engalfinham-se
Em um trânsito caótico e parado.
O tempo parece perdido e não anda,
Na parede, um quadro inerte e empoeirado,
Com uma imagem passiva que remete
A lembrança de tudo que eu queria.
No meu peito a dor lancinante e insistente
Que parece ferir a carne como navalha
Enquanto caminho perdido e sem rumo.
Como um peixe no silêncio do aquário
Vou sobrevivendo dia após dia,
Pisando com incerteza o mesmo chão.
Que será de nós?
Ou dominamos nossos medos
Ou teremos que conviver com nossos fantasmas.
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