abriu-se a manhã 
com sonhos fincados
no ânima em carne,
e olhos lacrimejaram
com os fluidos exorcizados pelo fogo  que, sem nó,
amarrava  o corpo em gozos insaciáveis.

azulou-se o dia...
os avessos dos céus se tornaram todo o céu,
grilhões sustentaram um voo até ao infinito
ainda que uivos de sombras rodeassem
o esplendor da Hora,
pois, em cada estrondo de asas,
um voo se distanciava do pássaro líquido 
preso a um lago.  
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 23/04/2016
Código do texto: T5614335
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