RECONHECIMENTO

RECONHECIMENTO

Lá estava ela

Em meio a pincéis coloridos

Sentimentos e tela

Lá estava ela...

Almejava trazer à sua pintura

aquela grama verde molhada

Para aparar as

quedas

dos seus saltos

Muitos deles dados no escuro

Mas seus dedos insistiam em pintar

Muros

Escalava mistérios

Respirava etéreo

Universo desvendado

Até onde o conseguia ver

Até onde não surgia inesperadamente outra parte

Para dali fazer outra arte

E um dia

Tão colorido

como as tintas com que tanto pintara,

a porta se abriu

Ela quis pintar o que viu

não conseguiu

tomou a mão de outrem e escreveu:

aquele não é o outro

sou eu...

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 10/05/2016
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