RECONHECIMENTO
RECONHECIMENTO
Lá estava ela
Em meio a pincéis coloridos
Sentimentos e tela
Lá estava ela...
Almejava trazer à sua pintura
aquela grama verde molhada
Para aparar as
quedas
dos seus saltos
Muitos deles dados no escuro
Mas seus dedos insistiam em pintar
Muros
Escalava mistérios
Respirava etéreo
Universo desvendado
Até onde o conseguia ver
Até onde não surgia inesperadamente outra parte
Para dali fazer outra arte
E um dia
Tão colorido
como as tintas com que tanto pintara,
a porta se abriu
Ela quis pintar o que viu
não conseguiu
tomou a mão de outrem e escreveu:
aquele não é o outro
sou eu...