PLACIDEZ

Este anjo de mão luzente

Traz-me uma caixa aberta;

Dela um vapor se desprende,

E contas alaranjadas, quiméricas.

Sua auréola matizada

Envolve o corpo inteiro, etéreo,

Um olhar doce esférico

De duas contas plácidas, amorosas.

As asas se vêem douradas

Como escamas de olhos explosivos,

Espargindo bênçãos e calmas

A todos que dele se aproximam.

Está num alto patamar de escada,

Aberto ao fundo circular

Para uma energia vaga, vibrante,

Acalmando aos que chegam inconstantes.

Fernando Munhoz
Enviado por Fernando Munhoz em 29/09/2017
Reeditado em 29/09/2017
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