PLACIDEZ
Este anjo de mão luzente
Traz-me uma caixa aberta;
Dela um vapor se desprende,
E contas alaranjadas, quiméricas.
Sua auréola matizada
Envolve o corpo inteiro, etéreo,
Um olhar doce esférico
De duas contas plácidas, amorosas.
As asas se vêem douradas
Como escamas de olhos explosivos,
Espargindo bênçãos e calmas
A todos que dele se aproximam.
Está num alto patamar de escada,
Aberto ao fundo circular
Para uma energia vaga, vibrante,
Acalmando aos que chegam inconstantes.