Sim

Enriquecido com a luz de um novo olhar

Levantou-se o dia cálido na aurora

E despertou o horizonte e o lugar

Onde enlutada, nos restos a noite chora.

Foi-se então o ermo e fusco sentimento

Que com ela em parceria nos consome

Assim com o “sim” retorna o fundamento

E na “luz branca” nos renasce o sobrenome.

Que os nós que nos atavam a tantos nãos

Desfeitos hão de ser em todos nós

A liberdade de colher em nossas mãos

Os lamentos que nos tinham hirtos e sós.

Solidária à esperança, no “sim” selada

Em douradas catedrais de mil perdões,

A dor, fantasma errante, em pó tornada,

Se transmuta em amor nos corações.