UNIVERSOS-SENTIMENTOS
Juliana Valis



Visto o acaso como se sente o infinito,

Meu grito é verso desse inverso em coração,

Neste universo tão complexo e tão aflito

Que apenas rende-se aos amores que se vão...



E pelas dores como estrelas de aventura,

Em cada vértice de vida em profusão,

A paz rendida em cada esfinge mais futura

Torna-se lídima como notas de canção...




Eis que um sonho, então, desenha sós miragens

De tempestades, assim, líricas e humanas,

Que o fim começa perdendo-se em planagens,

Na disfunção do tempo em sinas tão insanas... 




E tantos idílios transcendentes de amor

Em prantos sós, diluem versos sós, sem calma,

Assim, dispersos, em céus, além da dor,

Em universos-sentimentos de uma alma. 




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pintura de Vincent van Gogh