Rosa Imortal

São nas frias noites estreladas,

escondida no velejado dos carros

que a mais bela rosa surgi,

a tua frente, como a te esperar

na margem esquerda da estrada,

aquela que você não enxerga do teu lado,

porém pelo retrovisor ela se despedi

perdendo a forma na escuridão.

E aquela imagem crava na memória,

e depois de longas distâncias,

você percebi a saudade, o vazio

que sem hesitar, deixou para trás.

Ali e somente ali, longe e longe demais...

Chora a amarga despedida.

Ascende um cigarro para expiar a culpa.

O frio parece te isolar ainda mais,

mais só está e sempre estará só.

Há desejo de procura-la e medo,

medo de não encontra-la mais,

de perder-la novamente, é ainda mais doloroso.

Já decidido a superar tamanha perda

e prosseguir a estrada do destino,

ainda com o céu rosado da madrugado

e os raios de Sol a surgir no horizonte,

avista um cemitério na margem,

como ironia, do lado esquerdo a estrada.

Desta vez a dor apertou o peito brutalmente,

superando a razão, mergulhando no que até agora,

era apenas efeito da estrada da solidão.

Pássaros gorjeavam a fuga dele,

quando ele arrancou uma rosa murcha

do tumulo que ela adormecia.

Ele seguiu a estrada da vida com a rosa,

sabendo que com ela não seria mais só

e prometeu nunca mais perder outro Amor!