A morte que não supomos
Existem momentos de dor que não supomos.
Quando os planos desmoronam e ficam sombras
Semana sim, semana não, aquela esmagadora vontade de não levantar volta.
E quando já sem forças me vejo cercada.
Ergo os olhos sem brilho e enxergo nada
Tamanha ruína que não cabe no peito
Exagero a todo o momento
Mas percebo que fico bem calada.
O calendário não poupa a direção
Com o vento que sopra em mim violento
Impeço sua pousada
E mantenho embainhada a espada
Há quem nunca me verá por esses olhos
Digna dor que me faz correr
Um Cristo vivo anunciou meu destino
Se por Ele vivo, é por Ele que hei de morrer.