A morte que não supomos

Existem momentos de dor que não supomos.

Quando os planos desmoronam e ficam sombras

Semana sim, semana não, aquela esmagadora vontade de não levantar volta.

E quando já sem forças me vejo cercada.

Ergo os olhos sem brilho e enxergo nada

Tamanha ruína que não cabe no peito

Exagero a todo o momento

Mas percebo que fico bem calada.

O calendário não poupa a direção

Com o vento que sopra em mim violento

Impeço sua pousada

E mantenho embainhada a espada

Há quem nunca me verá por esses olhos

Digna dor que me faz correr

Um Cristo vivo anunciou meu destino

Se por Ele vivo, é por Ele que hei de morrer.

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 26/08/2021
Reeditado em 04/09/2021
Código do texto: T7329217
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