Futuro, venha crescer com ou sem Machado! *
Não sabia que era fácil um machado ficar cego,
Perder o fio e não cortar mais nada...
Não ter forças para acreditar que a lenha pode ser combustível
Para mudar, fazer fumaça, e caminhar avante.
Não quero ser mais um machado.
De vivo, ser póstumo e futuro fechado...
De Pedro, João, de Assis, e do pecado...
Enfim, não quero ser mais um machado.
Esta caneta vomitará coisas tristes
Somente às vezes quando falar do amor.
Fora isso, ela correrá sua esfera alegre,
Como a bola de um artilheiro de um time vencedor.
E sim! Serão dados passes mágicos!
E de letra e letras, golaços serão feitos!
Serão os verbos apaixonados, digo com todo respeito!
E este texto acabará como a vitória de um campeonato!
Vencido com todo direito!
E como disse antes,
Posso provar que mesmo na admiração
Das divididas do grande jogador, o coração,
O triste pode vir com o anti-jogo, a ilusão.
Sorte que amigos na zaga nos ajudam a levantar,
E mais uma vez, no futuro sempre acreditar...
*Em referência ao Memórias Póstumas de Brás Cubas