BANHO DE MAR NOTURNO

A luz da lua refletia nas águas calmas do mar,

Formando um lindo tapete prateado estendido.

Na areia branca da praia a densa luminosidade,

Fazia convite pra nas águas mornas banhar-me.

Eu mergulho solitário extasiando-me eufórico;

Tal uma criança saboreando um doce pirulito,

A brisa sopra fresca do oceano ao continente,

Delicia, noite adentro naquelas águas calmas.

Eu e o mar, o firmamento, a lua cor de prata;

Eu e o mundo, partículas perfeitas a fundir-se,

Com o todo planetário nas formas universais;

Água, vida, oxigênio, visual louco de viagem.

Ergo os braços, toco numa estrela, constelação,

Brinco com uma, com mais outra e mais outra...

Pego nos planetas, acaricio a lua inflada, cheia;

E banho-me na sua luz e das estrelas infinitas.

Dentro das águas do mar como se um guri fosse,

Nado, pulo, mergulho, tal se fosse a ultima vez,

Como se amanhã o lindo mar não existisse mais;

Então fico esperando pelo raiar de um novo dia.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 10/12/2007
Código do texto: T772453
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