AQUELA MENINA

 

Tinha a primavera no olhar,

Embora, fosse outono,

Tinha o dom de encantar,

Sorria... falava em abono,

Do amor verdadeiro.

 

Quem passava por aquele roteiro,

Não conseguia passar,

Sem parar para ouvir, para ver,

Para sentir o encantamento,

Acreditar na arte – vida –viver...

No mover do amor pela sina.

 

Quem era aquela menina...?

 

Ninguém sabia,

De onde ela veio, para onde ia,

Sabia que quem participasse,

Daquele momento,

Se veria face a face,

Com o contentamento,

Teria o eólico prazer,

De se sentir livre,

                  Eu tive!

 

Tinha no olhar a nuança,

De todas as flores, a esperança,

Que vinha com o amanhecer,

                               Parecia divina.