Varuna
Eis que surges, Varuna, a mover céus e terras
a dar-me o prazer da avalanche
o impacto dos terremotos
o delírio das tempestades;
eis que vens como um homem
a fortalecer os elos da carne
na liberdade dos gozos
nas volúpias dos arrepios;
montas e acavalas
mexe-te trincando as tectônicas
levantas a onda e faz a ressaca
derrubando, na cama, a lenda;
eis que me vês,
que me reconheces:
Afrodite,
dos babilônios,
Ishtar.