Esperança

Muda e triste a solidão

Às cegas e sem noção

Cambaleia na escuridão

A quase um palmo do chão

Tomba surda e sem clarão

Sem rumo nem direção

Andando na contramão

À procura de proteção

Dilacerado o coração

Fortuito como um ladrão

Fugindo da multidão

Trôpego e sem visão

Mas num instante de luz

Como estrela que conduz

Vê-se diante à esperança

Formando-se uma aliança

Renovando seus apelos

Vida nova a seus anseios

Confiante e radiante

Surge um brilho diamante