Meu sol...

Ontem caminhei ao sol pela manhã, deixei ele me aquecer por completo, tirei toda a minha cobertura, tirei meus óculos escuros, deixei a luz aquecer e queimar a minha retina, havia antes escrito palavras tão minhas , ásperas, decisivas, precisava de um pouco de calor...tantas coisas queremos a nós, tantos desejos de estar, de sentir, o mesmo perfume no pescoço, o mesmo meneio da cabeça quando alisei os teus cabelos...a fuga precipitada, o frio na espinha...Promessas de reencontros, muitos talvez ou nenhum quem sabe, é, nada é eterno...

Nossas sutilezas, a doce e irrequieta vontade de juntar-se a uma pessoa que atribula a mente, que mostra uma nova perspectiva de vida, nossa !!! Seria tão diferente se pudesse ser assim mas de uma maneira igual, que completasse o meu coração, que insubordinasse minha alma de uma forma que eu pudesse explicitar o quanto poderia amar e ser amado...o gosto da felicidade passou tão rápido por mim, passou ligeiro, lépido, escorregadio, escapa por entre nossos dedos. Não penso mais como poderia ser pois nada existe a não ser através de nós mesmos...penso tantas coisas a escrever, mas sigo em meus quilômetros a andar contra o sol, queimando meus olhos, cegando-me...eu possuo cada metro que ando...acredito em distâncias menores e corações mais próximos...finalmente...

Uma quarta-feira qualquer de 2008. Sol quente, pela manhã...

Proteu
Enviado por Proteu em 22/05/2008
Reeditado em 03/06/2008
Código do texto: T1000361