Sublime Sensibilidade
A visão deslumbrante e beleza de teu corpo nu deitada em nosso leito, vem a mente comparações inusitadas com instrumentos musicais, violino ou violoncelo. Será semelhança da forma ou leveza das linhas sinuosas? A definição pouco importa, importante é: com ternuras sensíveis curtir o momento de entrega, de amor e de prazeres.
Tua pele arrepia em cada recanto, em cada remanso, vagarosamente, beijo forte, beijo fraco, sugo leve, sugo forte, mordisco, a ponta da língua roço, como peregrino em longa caminhada, primeiro atrás, da nuca aos pés, passando pelo delineado dorso, ancas atraentes, pernas arredondadas, e retorno pelo mesmo caminho, depois à frente, braços, ombros, pescoço, empinados seios sedutores, cintura, descendo nos membros inferiores, também retorno pelo mesmo caminho até o pescoço, por fim aos teus doces lábios.
Minhas mãos carinhosamente saboreando o contato com tua pele, acariciando tuas curvas, a firmeza e maciez de teus montes, a destreza de meus dedos tocando tuas mais íntimas e sensíveis extremidades, a dedilhar suavemente tal instrumento delicado, atiçando tua libido, extraindo frêmitos e gemidos de prazer. Meus sentidos atentos e aguçados a qualquer de tuas sensações, despertando sensibilidade em minha alma, tomando conta de todo o nosso ser.
Meus braços enlaça-a com vigor, pela cintura e pelas costas, encontra tua boca entreaberta num beijo úmido, uma onda de calor espalha-se por todo o nosso corpo. Beijo-te, beija-me, nossos lábios e rostos vermelhos e inchados pela irrigação de sangue, nossas línguas tocam-se, e com delicadeza as sugamos.
Novamente, beijo forte e fraco, sugo leve e forte, mordisco, pescoço, seios, cintura, ventre, descendo até os pés, e no retorno separo gentilmente teus joelhos, subindo até a virilha pelo lado de dentro dessas grossas coxas de contornos provocantes. Aproximo do ventre, tuas pétalas róseas com meus lábios ávidos quero seduzir. Deitada de costas, com pernas entreabertas e semi encolhidas favorecem estender meus braços e com minhas mãos hora acariciarem, hora sem constrangimento pressionarem teus seios, túmidos e eriçados pelo desejo, enquanto tuas mãos acariciam meu rosto e costas.
Semelhante abelha em busca de néctar, meus lábios pousam aqui, pousam ali, explorando tua flor saborosa. Sugo leve, sugo com mais ênfase, ao mesmo tempo que a língua roço em tua pérola sensível. Tuas mãos agarram firmemente minha cabeça, tuas pernas enlaçam meu tórax, durante mágicos instantes teu corpo treme, ouço o delicioso gemido morrer em tua garganta, seguida de forte expiração, mistura à minha saliva o teu saboroso mel que abundante escorre, de você mulher, meu anjo, meu amor. Após instantes, segurando-me pelo queixo, conduz-me até seus lábios, num beijo bem molhado também degustando o sabor do teu amor.
Mamilos tesos roçam a pele, embriagam-nos nossos suores e mais ainda, o aroma nobre que exala de tua preciosa flor. Volto a explorar teu pescoço, colo, seios, enquanto tuas mãos macias agasalham meu objeto por tu mais cobiçado, hora acariciando-o num cuidadoso desce e sobe, hora lubrificando-o com tua seiva ao esfrega-lo de baixo para cima em tuas rosadas pétalas. Em meio a delicioso e torturante frenesi aponta-o à entrada enquanto tuas pernas pressionam meu quadril a encaixa-lo perfeitamente no teu.
Quê... Sensação...! O contato em toda superfície sentindo as carícias das paredes úmidas de teu sexo amoldar-se ao meu. Me engole, aperta, contraem, provoca arrepios, cada vez mais expande-me, mais vigoroso fico.
Como é bom sentir...! As carícias de tuas mãos trêmulas, o roçar cuidadoso de tuas unhas em minhas costas, nosso beijar e sugar sôfrego em ombros e pescoço.
Quê... Delícia...! Nossas pernas entrelaçadas, tua lubrificação abundante, teu inchaço entumecer e aumentar, esses movimentos ondulantes de teu ventre sob o meu, essa falta de espaço, nossos lábios e rostos entumecidos e afogueados, nossos beijos sugados, molhados, demorados de perder fôlego.
Enlouquece-nos...! Essa repetida dança de teu quadril! Projeção da pélvis combinada com teus baixos lábios carnudos a sugar-me, incendiando ainda mais a luxúria, a ereção rija latejar e pulsar insistente dentro de você, solicitando-lhe mais contrações, em reflexo tua pronta correspondência.
Alucina-nos...! Cada mergulho, bem suave, escorregadio, devagar, mas com muita firmeza, variado, hora raso, hora cada vez mais profundo. Calafrios de prazeres brotam de todos os poros, gememos de excitação e volúpia intensa, e se não bastasse, massagens que você tão bem faz, essa sucção e expulsão ávidas em meu vermelho mais sensível, seguida de contrações tentando reter-me, e mesmo pressionado deslizo de retorno à tona para outro mergulho. Mais ainda, de intervalos a intervalos teus dedos cravam meus retesados glúteos, enterrando-me e mantendo-me vigorosamente às tuas profundezas. Meu jato dificilmente contido prestes eclodir.
Em esplendido transe...! Nossos cinco sentidos inebriados, olhos reciprocamente mirando-se, procurando encontrar-se ou refletir-se. Nossos corações no mesmo ritmo de nossas almas, nossos cérebros em êxtase, não sabemos mais distinguir o que é carne, o que é espírito, o que é sentimento ou emoção, o que é seu ou meu. Estamos plenos, com a sensação de um só ser, e único desejo, só AMAR.
Em pleno delírios...! Respirações ofegantes, batidas cardíacas aceleradas, juras de amor, ouço meu nome, pronuncio o seu, em meio a murmúrios, suspiros, palavras desconexas, o intenso e louco querer de uma só intenção, prorrogar infinda e intensa paixão.
No maior furor, não suportando mais tantos prazeres, pressentindo o presente melhor da natureza à brindar-te, preciso inundar-te com meu espesso jorro quente mais delicioso. Teus semi serrados olhos desvairando-se em profunda retida respiração, tuas mãos contorcendo-se agarradas a grade da cama, ao mesmo tempo tuas pernas arquearem-se, bambearem-se e com ânsia projetar o púbis num esforço de assegurar ter-me por inteiro, êxtase maior então começa acontecer. Juntos gememos, urramos contidos, ao estremecermos a explosão natural do gozo supremo da paixão, para alívio esvaziando-nos e deixando-nos incrível leveza, da mesma forma que em outros corpos fomos concebidos, certamente com a mesma intensidade de um majestoso festim de delírios, amores e carinhos.
Extenuados, sexos encharcados, lavados por fluidos teus e meus, corpos quentes, suados, molhados, exalando aromas inebriantes, nossas carícias não terminam, ainda unidos sinto tuas últimas contrações, e dentro de você quero descanso.
Prazeres saciados, satisfação plena, trégua a exaltação dos sentidos, respirações e pulsações acalmam-se, a tranqüilidade substitui voracidade e ímpeto dos desejos, aos poucos a serenidade e languidez invadem-nos. Nossos corações transbordam suave ternura. Propiciam nossas almas entrarem em estado de graça, dádiva só para amantes, que entre suaves eflúvios de sublime energia o amor ascende, e a harmonia perfeita toma conta de todo nosso ser. Entorpecidos nessa atmosfera de especial momento, deslumbra-se a beleza do amor puro e verdadeiro. Como é delicioso amar! A existência sem ele é uma vida vazia de alegrias!
Olhares ternos, o silêncio espalha-se, corpos colados não querem ser separados, querem só um pouco de descanso. Podemos ouvir nossas batidas cardíacas e respirações compassadas. Nossas mãos procuram-se, entrelaçam-se, e com doçura lábios mudos tocam-se demoradamente. Aos poucos delicados toques, depois afagos, lentamente os primeiros sussurros quebram o silêncio. A seguir palavras doces e reafirmações de sentimentos começam reabilitar nossas energias.
Sussurros provocantes, em seguida ardentes um ao outro docemente excitar. Num gesto expontâneo você deita de bruço, em seguida fica de quatro e murmura, vêm amor, você me quer? Convite encantador, visão sedutora, respiro fundo, a flagrância afrodisíaca de nossas essências expande em minhas narinas dilatadas, eriçam meu sexo e desejos, a drenalina acelera minha respiração e pulsações, aguçam todos os sentidos, com ternura sensível tudo recomeça. Novamente provamos a intensa paixão do amor, que transcendem beleza e fascinação de êxtases. Provamos também outras posições até exaustão, que então desejos exauridos, almas sublimes, sorrisos transbordando endorfinas, felizes aconchegados agradecem, nosso repouso chega sereno, abraçados ao adormecer.
Gil