O PRANTO

Choras o pranto em silêncio

Num cantinho a te resguardar

Derramando as suas lágrimas

Por aquilo que choras,

Em retratos...

Na síndrome do que sente

Com o atrito do seu ser

Mas choras pela eternidade

Choras pelo teu viver

Sentes arder dentro do teu peito

O sangue ejaculando e fervendo

E como dói o calo dos seus pés

Os fatos que nos levam a loucura

Misturando tudo por dentro

Tormentando-lhes a si em vão

Tão próximo ao deserto,

Evasivo...

Preso ao grande coração

Às águas evadindo-se, além

Tomando todo o espaço vazio

Redemoinho a destruir-se tudo

Restando-nos somente o momento

Da sombra da ilusão

Tantos e outros se foram

Agora! Aqui só nos resta

O socorro!...

Choras, choras pela destruição

Como também choras...

Choras pela esperança...

Choras...lágrimas pela vida.

borgesmilagres
Enviado por borgesmilagres em 28/06/2008
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