O PRANTO
Choras o pranto em silêncio
Num cantinho a te resguardar
Derramando as suas lágrimas
Por aquilo que choras,
Em retratos...
Na síndrome do que sente
Com o atrito do seu ser
Mas choras pela eternidade
Choras pelo teu viver
Sentes arder dentro do teu peito
O sangue ejaculando e fervendo
E como dói o calo dos seus pés
Os fatos que nos levam a loucura
Misturando tudo por dentro
Tormentando-lhes a si em vão
Tão próximo ao deserto,
Evasivo...
Preso ao grande coração
Às águas evadindo-se, além
Tomando todo o espaço vazio
Redemoinho a destruir-se tudo
Restando-nos somente o momento
Da sombra da ilusão
Tantos e outros se foram
Agora! Aqui só nos resta
O socorro!...
Choras, choras pela destruição
Como também choras...
Choras pela esperança...
Choras...lágrimas pela vida.