O Jardim Imperial (parte II : Natureza Morta)
II
Nem minhas queridas Damas-da-noite à sombra do luar,
Todas aprumadas ao redor de minha casa,
Conseguem expulsar o teu aroma de Não-te-esqueças-de-mim
Que ficou impregnado nos cômodos de minha, agora, triste residência.
Comigo-ninguém-pode repetes para mim em sonho
Toda noite em que acendo um incenso de aroma relaxante na cabiceira de minha cama
Com a esperança de dormir sem te encontrar.
Começo a achar que conseguiste: sinto tua falta.
Margarida disse-me para enterrar-te sob sete palmos,
Já Betúnia aconselhou-me a mandar para ti
Um bouquet de orquídeas colhidas na noite dos namorados
Juntamente com um cartão cor-de-rosas-amarelas
Onde constassem:
Desculpas e um pedido de retorno.
Toda manhã olho através de minha janela e tenho medo de este ano a primavera não chegar.
(continua)