O Jardim Imperial (parte II : Natureza Morta)

II

Nem minhas queridas Damas-da-noite à sombra do luar,

Todas aprumadas ao redor de minha casa,

Conseguem expulsar o teu aroma de Não-te-esqueças-de-mim

Que ficou impregnado nos cômodos de minha, agora, triste residência.

Comigo-ninguém-pode repetes para mim em sonho

Toda noite em que acendo um incenso de aroma relaxante na cabiceira de minha cama

Com a esperança de dormir sem te encontrar.

Começo a achar que conseguiste: sinto tua falta.

Margarida disse-me para enterrar-te sob sete palmos,

Já Betúnia aconselhou-me a mandar para ti

Um bouquet de orquídeas colhidas na noite dos namorados

Juntamente com um cartão cor-de-rosas-amarelas

Onde constassem:

Desculpas e um pedido de retorno.

Toda manhã olho através de minha janela e tenho medo de este ano a primavera não chegar.

(continua)

Gravor di Saint Danielt
Enviado por Gravor di Saint Danielt em 11/02/2006
Reeditado em 11/02/2006
Código do texto: T110374