Selvagem romântica

Saias, laços, fricotes e laçarotes.

Não combino com este ítens,

Sou a própria encarnação do instinto primitivo.

Meu melhor perfume é o que Deus me deu, natural.

Meus olhos retêm o registro de tantas cenas, que poderiam ser editadas em grossos volumes.

Meu cérebro sempre lotado de alternativas, respostas absurdas.

Sinto o chamado das águas, adoro banhar nua no rio.

Se pudesse largaria o laptop, as modernidades e sumiria daqui.

Nasci para ser borboleta, colorida, livre e voar alto.

Quem sou eu?

Eis a pergunta que tem resposta simples: Sou selvagem.

Uma selvagem que carece de amor, de um amor romântico.

Procuro um alguém que queira ornar meu coração,

Que me mantenha segura em seus olhos por horas, dias, sem se cansar.

Que suas mãos percorram toda a extensão visível e oculta de meu corpo.

Que seu sonhar se misture ao meu de tal forma que não possamos mais separar nossos desejos.

Aguardo por este homem, por este ser que me queira tão completamente quanto estou pronta para me dar.

Quero colar meu corpo de forma tão justa, que o bater de nossos corações entrem em um mesmo compasso e se misturem de forma absoluta.

Ah! Afinal sou selvagem romântica! E isto existe? Sim afinal eis-me aqui, ser estranho, louco, afoito, complicado, preso e livre.

Estou na janela te esperando, como dizia Gilberto Gil.

Em algum lugar está meu homem, querendo me achar assim como eu querendo ser encontrada por ele.

Tenho a flôr capaz de envolvê-lo com a mais pura maciez de pétalas guardadas só para ele.

Enquanto isto? Atendo o telefone fixo, o celular a internet. Atendo pessoas, verifico minha agenda.

mas meu ollhar se esvai pela janela de quando em vez, aguardando você em seu cavalo branco.

Vem amor, vamos embora daqui...

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 12/08/2008
Código do texto: T1124345
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