N a d a Serviu.
Como é difícil querer o que não se pode ter
É ver, mirar ao longe aquela estrela insistente
Montar um cavalo selvagem, quem sabe morrer
É viver no futuro sem sorver o presente.
Cega-me...não quero ser vouyer
Da solidão que meu instinto pressente
Um ver que contém a urgência,
mas admite a impotência
A inveja cinza, sem sapiência
gosto ou ciência.
Pena de mim e de você,
que nunca chegaremos
a nós.
Por mais que tua presença
a mim se achegue, jamais o
toque, a graça, o riso
e o abandono nesse abraço
que é estrela, lua e universo.
Já vai tempo que te vi primeiro
Já vai tempo que te quis antes
antes da fundação do mundo.
E nada serviu, nada serviu...
nada serviu.