Suspira, meu bem

Ela repousou seu olhar em minha direção.

Não pude movimentar mais nenhum músculo.

A idéia de ter um observador me deixa apreensivo.

Me custa levantar dessa cama e mostrar como o tempo se passou em meu corpo.

Ela não descansa os olhos, estão ali atentos ao meu controle.

Eu a domino vagarosamente, sem sequer tocar-lhe a pele.

O silêncio de suas esmeraldas me fascinam e me fazem temer que as jóias mais preciosas me desapareçam.

O resgate não é a melhor maneira de tê-la.

Vou suspender as palavras, seus lábios respondem às batidas de seu corpo voluptuoso.

Prendo-a em minhas mãos grandes e dali ela não se solta.

Suspira, meu bem.

Samara Abdul
Enviado por Samara Abdul em 08/09/2008
Código do texto: T1168243
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.