Lembranças a Ícaro...

Como o homem se torna angelical, com suas pupilas dilatadas ao canto das ninfas.

As fadas perversas da noite, que usam a escuridão e seu encanto para entrar na alma dos homens. Cantam seu canto de sereias, e mexem mesmo o ar para tornar o momento angelical. Enfeitiçam e enobre-sem o sorrateiro, pelas pupilas dilatadas. Os homens ao desejar as pupilas abrem-se. E com ela, abrem-se a porta da alma.

Daí surge a separação significante da Lua e do Sol.

A lua, emergida da escuridão, precisa de pupilas dilatadas para ser vista. Ela é o desejo.

O Sol, emergido na claridade, precisa de pupilas retraídas e pequenas. Que passe a razão, e feche as portas da alma.

Não é à toa que nossa sociedade funciona ao dia.

O Sol queimou as asas Ícaro, pois ele era devoto da Lua.

O Sol queima e dá condição de vida.

A lua traz o sereno, e dá o motivo para a vida.

O Sol é a vida. A lua, é o motivo.