QUEDAS DE ÁGUA

QUEDAS DE ÁGUA

Dormem os homens,

caem flores outonais

Serena a noite na montanha

avazia cheia de folhas e pétalas caídas

No céu de eleva a lua cheia,

e as aves perturbadas esvoaçam no espaçO

O chilrear das aves, de quando em quando,

cortando o ruído mas mansas águas,

nos transforma como que em peixes dourados

tentando ultrapassar as pequenas cascatas.

Azuis e limpidas são as águas desta ribeira,

que correndo acelaradas para o rio

por entre caminhos e veredas

entre as abas apertadas da montanha,

parecem nos quer dizer um adeus breve

Murmúrios de fazem ouvir por entre as rochas,

sob os pinheirais altaneiros, mas,

sempre tranquila segue seu rumo

banhando as rãs que saltindo de entre rama em rama,

num namoro quase perfeito,

e por entre juncos e canaviais

as águas cristalinas deste ribeiro segue seu rumo

fazendo-se reflectir nelas a minha imagem carcomida pelo tempo

Sempre gostei da liberdade dos campos,

da paz e do lazer, e agora,

sentado nesta humida rocha,

à beira do riacho,

me sinto sereno e me apetece aqui ficar para sempre,

vendo as limpidas águas e pensando

em tudo o que a natureza me rodeia.

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ALENTEJANO ORIENTAL
Enviado por ALENTEJANO ORIENTAL em 16/10/2008
Código do texto: T1231178