Vanitas vanitatum et omnia vanitas
Vanitas vanitatum et omnia vanitas
Qual o valor das vaidades que sepulta o certo e desmerece o válido.
Qual o valor da oratória se o público é inculto e roto.
Qual o valor da aliança se as escadas dos sentimentos de carinho já não possuem degraus.
Qual o valor da beleza se o espírito é negro e fugitivo da luz.
Qual o valor do dinheiro se as mãos que o passam não souberam edificar.
Qual o valor do silencio se o coração clama por vingança.
Qual o valor da verdade se poucos ousam ouvir.
Qual o valor do sono se eles são povoados de pesadelos.
Qual o valor do encontro se a despedida é para sempre.
Qual o valor do status na favela sem governo.
Qual o valor do governo se a terra não tem lei.
Qual o valor da oração sem a fé que move os montes.
Qual o valor do prazer quando ele é efêmero.
Qual o valor da música para a alma insensível.
Qual o valor da obra de arte sem o admirador.
Qual o valor do alimento sem o sabor.
Qual o valor do livro sem o leitor.
Qual o valor da poética melodia, das rimas, dos enredos, das partituras, das telas , das cores, dos alfarrábios, das leis, das receitas e das vozes sem a inspiração do Criador.
Vanitas vanitatum et omnia vanitas.
(Vaidade das vaidades, tudo é vaidade).
Guilhermino