Vanitas vanitatum et omnia vanitas

Vanitas vanitatum et omnia vanitas

Qual o valor das vaidades que sepulta o certo e desmerece o válido.

Qual o valor da oratória se o público é inculto e roto.

Qual o valor da aliança se as escadas dos sentimentos de carinho já não possuem degraus.

Qual o valor da beleza se o espírito é negro e fugitivo da luz.

Qual o valor do dinheiro se as mãos que o passam não souberam edificar.

Qual o valor do silencio se o coração clama por vingança.

Qual o valor da verdade se poucos ousam ouvir.

Qual o valor do sono se eles são povoados de pesadelos.

Qual o valor do encontro se a despedida é para sempre.

Qual o valor do status na favela sem governo.

Qual o valor do governo se a terra não tem lei.

Qual o valor da oração sem a fé que move os montes.

Qual o valor do prazer quando ele é efêmero.

Qual o valor da música para a alma insensível.

Qual o valor da obra de arte sem o admirador.

Qual o valor do alimento sem o sabor.

Qual o valor do livro sem o leitor.

Qual o valor da poética melodia, das rimas, dos enredos, das partituras, das telas , das cores, dos alfarrábios, das leis, das receitas e das vozes sem a inspiração do Criador.

Vanitas vanitatum et omnia vanitas.

(Vaidade das vaidades, tudo é vaidade).

Guilhermino

Guilhermino
Enviado por Guilhermino em 22/10/2008
Código do texto: T1242124
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