Diálogo do Viandante com a Felicidade
VIANDANTE: Onde estás, Felicidade?
FELICIDADE: Na Divina Realeza, em Seara da Ideação. Por que me procuraste?
VIANDANTE: Por que és o meu sonho de ontem, o de amanhã e o do Eterno Presente!
FELICIDADE: Se me relacionas com o Eterno Presente, hás de me procurar no infinito do teu ser, onde me encontrarás como semente, ou colocada, juntamente, entrelaçada mesmo, com a essência da tua Bem Amada Presença Divina!
ViANDANTE: Como poderei te transformar, de semente a algo frutífero e corporificado?
FELICIDADE: Certa vez, ouvi, ou li, um conceito sobre o Divino Ser,
Onipotente, Onisciente e Onipresente, a quem peço vênia para repetir, como se a mim própria se referisse, a seguinte máxima: "não me procurarias se já não me tivesses encontrado"!
VIANDANTE: Mas...
FELICIDADE: Não te tornes oponente de ti próprio! Sei o que te preocupa: é a indagação, o "porquê", a dúvida, a insegurança! Trabalha, ama, perdoa e percorre os caminhos do fraterno amor e me encontrarás!
VIANDANTE: Como o farei?
FELICIDADE: Trar-me-ás como semente no teu coração e na tua mente, movendo-te no Seio de Deus, na Terra, na Escola, no Teatro e no Templo! Regar-me-ás, em semente, coma água pura e cristalina de teus bons sentimentos! Alimentar-me-ás com o sacrifício de tuas renúncias. E com a luz que de tudo advirá, tu me farás florescer, firmando-me na terra sólida de teus atos!
VIANDANTE: E poderei cotemplar-te?
Sim. E não me cottemplarás apenas. Tu me sentirás no abraço dos seres que te amam e que são por ti amados! Sentir-me-ás no alento da própria Vida! Eterna e Imutável!
Maria Deonice Sampaio Costa
De Santo André, a 28 outubro de 2008
Obs.: Escrevi este texto há alguns anos, em homenagem a três colegas de trabalho, que aniversariavam. À época, eramos integrantes do elenco de advogados da Divisão de Procuradoria Jurídica do SESI, Departamento Regional de São Paulo.