DA MINHA JANELA VEJO!

Da janela eu vejo minha liberdade

Num céu instável que muda de acordo com o tempo

Ás vezes azul, amarelo, rosa, vermelho, laranja

Isso sempre acontece ao entardecer, após um banho relaxante

Que após um dia desgastante

Me trás paz tornando-me capaz

De olhar este céu e enxergar suas belezas

Outrora imperceptível aos meus olhos

Pois enquanto me olhava esquecia a vida

Vida que se esvaia e se esvaindo seguia

Sempre me recordando do que me levara aquele leito

Leito que com prazer me acolhia

Não sei se voltaria a sorrir mesmo assim, este nunca me abandonou

Privilégio meu, pois muitos longe de um leito

Nada vê, nada ouve, nada sente

Pois da vida já se despediram não querendo sorrir

Por esse brilho já perder

Quanto a mim vivo assim sendo levado

Da cama para cadeira, da cadeira para cama

Mas sem deixar a vida, sem deixar jamais de viver

A vida para mim é mais que caminhar

Que cavalgar no dorso de um imponente cavalo

Ou passear no interior confortável de um carro importado

É acordar e encher o peito de ar e respirar profundamente

E ter no olhar um brilho latente capaz de açodar o mais frio coração

Mas quanto a mim sigo assim e assim seguirei sempre adiante

Admirando da minha janela a instabilidade do céu

Suas constantes mudanças que dá

Luiz Miguel
Enviado por Luiz Miguel em 02/11/2008
Código do texto: T1261621
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