DA MINHA JANELA VEJO!
Da janela eu vejo minha liberdade
Num céu instável que muda de acordo com o tempo
Ás vezes azul, amarelo, rosa, vermelho, laranja
Isso sempre acontece ao entardecer, após um banho relaxante
Que após um dia desgastante
Me trás paz tornando-me capaz
De olhar este céu e enxergar suas belezas
Outrora imperceptível aos meus olhos
Pois enquanto me olhava esquecia a vida
Vida que se esvaia e se esvaindo seguia
Sempre me recordando do que me levara aquele leito
Leito que com prazer me acolhia
Não sei se voltaria a sorrir mesmo assim, este nunca me abandonou
Privilégio meu, pois muitos longe de um leito
Nada vê, nada ouve, nada sente
Pois da vida já se despediram não querendo sorrir
Por esse brilho já perder
Quanto a mim vivo assim sendo levado
Da cama para cadeira, da cadeira para cama
Mas sem deixar a vida, sem deixar jamais de viver
A vida para mim é mais que caminhar
Que cavalgar no dorso de um imponente cavalo
Ou passear no interior confortável de um carro importado
É acordar e encher o peito de ar e respirar profundamente
E ter no olhar um brilho latente capaz de açodar o mais frio coração
Mas quanto a mim sigo assim e assim seguirei sempre adiante
Admirando da minha janela a instabilidade do céu
Suas constantes mudanças que dá