Mais uma vez!
Mais uma vez de volta a ocasião,
inteira e sábia, desiludida ou não,
com toda a certeza das traças
e falhas do meu coração.
Mais uma vez de malas prontas,
sem o vestido colado,
sem a esperança de antes, inteira...
irremediavelmente só,
como um monge, uma pedra,
um farol com sua luz própria,
mas inatingível e distante e só como antes.
Mais uma vez percebendo que o pão e a verdade,
nada tem a ver com sentimento.
Escolho a minha atitude,
entre todas que eu conheço.
Me transformo no que posso,
pra ver o dia nascer de novo.
Pouco me importa a covardia
de quem não soube me amar,
vou marcar minha presença na distancia
a ferro, a fogo, a chibata.
Vou fazer do meu poema,
muito mais do que uma marca.
Quero escrever sobre a vida,
porque a morte é coisa certa.
Nada tenho a perder,
porque atravessei a heresia
e se hoje não sonho,
é porque cortaram as asas da minha alegria.
Pela última vez,
acordo espantada com o destino.
Agora sei o que posso e não me iludo com delírios.
Não tenho mais a tola ilusão de ser feliz
e nada que me entreguem,
vou acreditar que seja de graça.
Carrego em minhas veias o fel, a impossibilidade,
a controvérsia de ter seguido em frente,
sem questionar a hora certa.
Mais uma vez de volta a ocasião,
inteira e sábia, desiludida ou não,
com toda a certeza das traças
e falhas do meu coração.
Mais uma vez de malas prontas,
sem o vestido colado,
sem a esperança de antes, inteira...
irremediavelmente só,
como um monge, uma pedra,
um farol com sua luz própria,
mas inatingível e distante e só como antes.
Mais uma vez percebendo que o pão e a verdade,
nada tem a ver com sentimento.
Escolho a minha atitude,
entre todas que eu conheço.
Me transformo no que posso,
pra ver o dia nascer de novo.
Pouco me importa a covardia
de quem não soube me amar,
vou marcar minha presença na distancia
a ferro, a fogo, a chibata.
Vou fazer do meu poema,
muito mais do que uma marca.
Quero escrever sobre a vida,
porque a morte é coisa certa.
Nada tenho a perder,
porque atravessei a heresia
e se hoje não sonho,
é porque cortaram as asas da minha alegria.
Pela última vez,
acordo espantada com o destino.
Agora sei o que posso e não me iludo com delírios.
Não tenho mais a tola ilusão de ser feliz
e nada que me entreguem,
vou acreditar que seja de graça.
Carrego em minhas veias o fel, a impossibilidade,
a controvérsia de ter seguido em frente,
sem questionar a hora certa.