Segundo texto da poética
Concretizar os desejos como? São tantos!
De repente nesta hora em que o dia anda me vejo boba e feia cheia de desejos que lá pela metade já me embriagaram
Tudo muito distante um vazio latente cresce nesta alma seca mas delicada que sabe que o orvalhar é temporário
Mesmo assim sigo vira e mexe os embrutecidos hábitos retornam e meio sem jeito me envergonho. Onde está o livre-arbítrio tão cantado?
De uma coisa sei que forças ocultas em nós mesmos se apossam e fica difícil de interagir
Faminta de conhecimento de educação rodo a roda ainda inexisto... Só busco o caleidoscópio reinante neste reino sem rei
Não mais consigo me inserir cada hora é como a energia negra
Distancia-me do que vivo
Quantas vezes já escutaram és louca... Nunca pode responder será o que? Nem mesmo sabe quem é quanto mais louca ser?
Oh luz frágil que clareia o dia que aguarda a chuva já torto se derrama pois sabe que frágil é
Assim escondida mesmo sabendo que assentada está no cume capital onde os desejos viram sonhos e ilusões se derramam em cima do comedor.
A união de bancos demarca uma nova fase da economia talvez antiga mas retorna e os donos do mundo se acham os reis
O boneco só o é já assistiram ao discurso de um bom viva nt?
Já escutaram que tortura é crime imprescritível mas ainda não foi aplicada a justa lei sempre com reservas e tendências invertidas
Tenho eu algum companheiro dos jardins de 1970?
Que nada desde que deixei de servir não mais sou cobiçada descartada do desejo de todos
Nada importa neste espelho refletido no universo onde o belo e o feio sempre presentes e de longe a olhar da janela bem distante colocam-se em ordem a casa das sombras e sabem quais são os desejos do Eremita com sua pequena luz?
Desperte alada visite os vivos abra os sete portais do conhecimento e derrame sobre nós sua chuva na luz refletida do louco ainda uma pequena gota de ser homem.