O poeta
 
O poeta tem uma sensibilidade incrível
Ele capta emoções e vibrações em um simples
Pensamento onde a tua mente divaga por caminhos
De sonhos e são, nestes sonhos, que ele vive sua realidade
 
E esta realidade se transforma em versos
E estes se transformam em lindos poemas,
De múltiplas realidades, ou seja:
 
Ora poemas de tristeza, ora de saudades
De humor, eróticos, melancolia e de amor
Que é uma forte característica do poeta
Ele é conhecido como o apológico do amor,
Pois faz apologia ao amor e vive no presente
De amores do passado e estes remetem a um futuro
 
O poeta é um sonhador, um fingidor
Mas nestes fingimentos e sonhos
Sempre existe uma verdade crua e nua
Que o remete para o campo da imaginação ou não
 
Para entender um poeta, você tem que penetrar
Na alma dele, pois, por muitas das vezes, ele se
Fecha igual a uma ostra e, ao mesmo tempo, demonstra
Ou parece demonstrar turbilhões de sentimentos em suas poesias
Que deixam seus leitores em dúvida quanto à sua verossimilhança
De seus sentimentos e comportamentos
 
Para fazer entender-me e explicar a realidade e a imaginação de um poeta
O poema Autopsicografia, de Fernando Pessoa, vai remeter-te à alma
E você entenderá o estado de espírito, o conflito, a confusão:
Do Ser e do Estar em que se encontra o poeta.
 
Sol pereira
 



 
Autopsicografia
                                   
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
 
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
 
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.