BRINDEMOS AO NOSSO AMOR
 
Com autorização especial de Priscila Laura, colega deste Recanto.
Uma prosa poética à distância.
 
 
08/12/2008
 
Senhora minha muito amada, é chegada a hora do atracar dessa silenciosa noite.
A ocasião tão esperada se aproxima e, com ela, a esperança da ressurreição do nosso amor.
Ó silenciosa!
Façamos hoje uma homenagem às nossas vidas e ao nosso amor.
Quem sabe, após esse jantar, o nosso amor se fortalecerá mais.
Porque nos teus lindos olhos, ainda dormem os meus misteriosos e ocultos anseios.
A mesa está ornamentada com toalha fina, arranjo de flores e velas vermelhas.
Na lareira crepita um fogo festivo esparramando o seu calor aconchegante, e as labaredas frenéticas dançam em lúmen dentro dessa mesma noite.
Vem, ó amada, aproveitemos essa indizível noite, quando somente as estrelas à distância nos espiam lá da abóbada escura.
Brindemos com vinho especial nesse jantar exótico, um verdadeiro ambiente propício para, desbragadamente comungarmos a quatro lábios a linguagem universal do amor - o beijo.
Tudo está pronto para te receber, ó doce amada, tudo dentro de um cenário encantado e romântico, enfim...
As portas estão cerradas, desnudaremos a nossa intimidade para abrasar os nossos corpos por um instante que será eterno, e assim, esqueceremos do mundo que nos rodeia.
Só nós, sim, estaremos perdidos e totalmente sem limites para amar esse grande amor.
É lógico, ó doce amada, ficarão vestígios sublimes e inesquecíveis dessa inefável noite.
 
Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 08/12/2008
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T1324638