DE AMOR E PAIXÃO

Muito se fala de amor e paixão, em poesia,

Posto que são temas próprios ao versejar,

Que tocam a alma e embelezam as mais simples palavras,

Conferindo-lhes encanto e magia.

Se, da paixão, a devastadora chama nos aquece,

somos envoltos como que num manto que nos isola do mundo.

O tempo se desfaz, seu significado se esfuma,

A mente se comporta como ser só a natureza existisse,

Além do sentimento avassalador que nos toma.

O apaixonado mal percebe o que o circunda,

Seus passos o dirigem automaticamente aos lugares,

Mas a consciência... essa se fixa no alvo de sua paixão,

De tal forma que ele permanece alheio a tudo

Que não diga respeito a esse incrível sentimento.

Quantas e quantas vezes, sob o fascínio mágico da paixão,

Nos surpreendemos nesse estado de isolamento,

Sem perceber o mundo, pois o que nos importa não está conosco,

Ao menos em corpo, mas unicamente em espírito.

Quem poderia explicar e com base em que ciência,

Como se dá essa maravilha que é a condição de apaixonado?

O amor, em seu tranquilo caminhar,

A cada dia mais e mais se consolida, pela harmonia de almas que,

Juntas, trilham as difíceis veredas desta caminhada mágica

Que chamamos vida.

Sólido como a rocha, que, por séculos e séculos,

Resiste à ininterupta tenacidade das ondas,

Ele ultrapassa as mais diversas barreiras,

Com a calma que consola e a magia que deslumbra.

Mas só mesmo quem o viveu, ao menos uma vez, pode asseverar,

Com a certeza da experiência, todo o encanto que tem o amor,

Quando a ele se junta a mais pura paixão,

Levando-nos a um estado de espírito indescritível e único,

Como vivêssemos em um mundo de maravilhas,

Onde a paz prevalece sobre as vicissitudes e sobre o qual

Paira uma aura de encantamento.

Agradeço a interação da poetisa Ana Cristina Cattete Quevedo.

O encanto momentaneo da paixão, a ternura do amor em ascenção

Duas emoções distintas e singulares

Um coração para dois amares...Na unidade de dois sentimentos

Tão cativantes, a alegria sem véu

É o somatório que resulta em paz delirante

É um pedaço que tiro do céu....

(Ana Cristina Cattete Quevedo)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 31/12/2008
Reeditado em 04/02/2009
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