Apologia à Mulher ( LXXXII )

O Maior Sentido da Vida

Na busca do sentido da vida um homem resolveu seguir por uma estrada reluzente, de um brilho intenso, em busca dos sonhos comuns dos mortais.

Na medida que avançava ficava cada vez mais encantado com as belezas daquele lugar. Rios, cachoeiras, cascatas de águas puras e cristalinas e uma fabulosa variedade de flores em profusão iam se descortinando por todos os lados.

De repente, encontra muitas fadas e muitos duendes pelo caminho. Encantado e um tanto quanto intrigado parou e perguntou a uma daquelas belas criaturas onde daria aquele lugar.

E obteve a seguinte resposta: Não pares, continues avançando, siga a trilha das pedras preciosas e, no fim de teu trajeto obterás a resposta para aquilo que procuras.

Contagiado por tudo aquilo, resolveu seguir adiante.

Caminhava alegremente, admirando tudo ao seu redor, ao sabor de uma brisa gostosa que afagava suavemente seu rosto, quando de repente, sentiu que por debaixo de seus pés surgira um brilho indescritível, refletido pelos minerais mais lindos da natureza.

Perplexo, continuou seguindo em frente e começou a observar que a partir daquele ponto as quadras daquela estrada mudavam de cor instantaneamente. E para seu regozijo notou que em cada quadra destacava-se o nome científico daquelas belíssimas jóias.

Ao longo daquela exuberante superfície, já não caminhava, simplesmente, flutuava.

No primeiro quarteirão começou a contemplar as Ametistas, pedras semipreciosas de cores violetas.

Em seguida, surgiram as Águas-marinhas, pedras preciosas, numa variedade azulada.

Nessa sequência surgiram: A Ágata, apresentando zonas diversamente coloridas. A Jade, pedra dura que risca o vidro e o quartzo. E, ainda, o próprio Quartzo, um cristal de rocha, de numerosas variedades e muito espalhados na natureza.

Adiante, se encantou com os Diamantes por serem as mais duras e brilhantes pedras preciosas. Diamantes estes, brutos e não lapidados.

Avançando mais uma quadra, se deparou com os Rubis, sendo estas pedras preciosas transparentes, de cores vermelhas que, o deixaram um tanto quanto ruborizado pela admiração.

Seguindo em frente, e passando pelo Ônix, notou uma outra variedade de ágata muito fina, semitransparente que, apresentava camadas paralelas de diferentes cores.

Na medida que prosseguia iam surgindo outras belezas, tais como: A Safira, pedra preciosa de cor azul. O Topázio, pedra preciosa de cor amarela. A Turmalina, pedra preciosa dura de várias cores, além da Turquesa, outra pedra preciosa, de cores múltiplas, como, o azul-celeste, o azul-esverdeado e o cinza-esverdeado.

Mais adiante, não se conteve, parou por uns instantes e contemplou, demoradamente, as magníficas Esmeraldas, pedras preciosas de cores verdes brilhantes.

Descobriu, ainda, uma pedra que poucas pessoas ouviram falar, a Opala, uma pedra, também, preciosa, de rocha dura que, tem uma cor leitosa ou azulada e que exposta à luz, apresenta cores vivas e reflexos irisados.

Erguendo a cabeça continuou a sua peregrinação por aquela reluzente estrada, atapetada em toda a sua extensão pelas maiores riquezas da terra, que imaginava, acabariam adiante, pois, logo em seguida, se descortinou à sua frente dois materiais valiosíssimos que ainda faltavam, o ouro e a prata.

A Prata, um metal precioso, branco e muito dúctil. Usado para fazer moedas, jóias e ornamentos.

E o Ouro, metal precioso, de cor amarela e brilhante, pesado, maleável e também muito dúctil, do qual se fazem as moedas e as jóias de alto valor.

Admirado, fascinado e porque não dizer extasiado por tudo que vira até então, parou e refletiu por uns instantes sobre tudo que lhe fora dito por uma daquelas belas criaturas, encontrada logo no início de sua jornada: “Não pares, continues avançando, siga a trilha das pedras preciosas e, no fim de teu trajeto obterás a resposta para aquilo que procuras”.

E concluiu que, faltava algo acima de tudo aquilo que encontrara até então, infinitamente, superior, que lhe completasse e que lhe desse uma razão maior para viver. Enquanto refletia, tornou a fixar o seu olhar para o final daquela estrada, foi aí que notou uma luminosidade intensa, de vida, de alegria, esplendor e beleza. Aproximou-se e viu que existia ali o maior de todos os brilhantes, um diamante puríssimo, magnificamente lapidado, representado pela beleza indelével de uma figura feminina, cheia de amor para dar e estampando um belíssimo sorriso em seus lábios – “a Mulher”.

Nota: Dúctil – que pode ser comprimido ou reduzido a fios sem se quebrar. Maleável, flexível, fácil de amoldar.