R e c u o

Aceitei teus mimos em palavras

Tornei-os vivos e cortantes como facas

Mas percebeste-me como um desatino

E recolheste-te qual um menino

Mostrei-te brincar sem medo

Não pretendi teu desassossego

“Chocas-me, como uma lança ao peito...

Porque tem que ser sempre deste jeito?”

Pois esse é meu jeito: escancarada

Sentir tudo ao cúmulo é minha lei

E nunca deixo passar. Nada!

Acaso não riste tanto comigo?

Então, por tuas broncas, amigo

Pra mim, tão sem sentido... Silenciei

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Meu silêncio, que talvez fira ou deixe dúvidas

Não é falta de interesse, nem nada

Reverte-se em uma só palavra: Mágoa!

Mas sei que o silêncio também é cura

E é pelas minhas mágoas e pelas tuas

Que recuo e dou um tempo calada

E ainda que nossos dedos toquem-se num instante

Não conseguem apagar uma lágrima escorrida pois

Depois de uma dor sentida o amor jamais será como dantes

Meu amor lírico que te ofereci em alguns belos traços

Foi mais forte do que aguentarias, sei disso moço

Teu foco não era eu mas sabes... cairias em meus braços

Enfim o tudo de mim que alegoricamente te ofertei não serviu

Preferiste o nada dela, que eu sei. Mas quem sou eu pra julgar?

Se eu entendesse de amor desviaria toda dor pois saberia a quem amar

E por favor não comenta, deixa-me aqui quietinha

Não convém provocar minha fera dormemente

Pois posso ficar indecente e inverter a ladainha rsrs

Ana Átman
Enviado por Ana Átman em 01/02/2009
Código do texto: T1416833
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