subjetivo

Nem mais menciono a subjetividade,

Esse espelho de mil olhos.

Comparo minhas mãos a dos alquimistas

Pela crença surreal do ouro

Essas duas fadas submissas

Efeito contrário ao do tesouro;

E tudo vira uma vanguarda, uma bagunça, gritaria

Quando toco em uma situação alheia

(sinto mesmo o desenrolar da teia)

O mundo não para nunca, todavia;

Acho que é por isso que me emociona

Por essa estabilidade surpreendente

Quando tudo que guardo em mim é pendente;

Sonhos que abrem buracos na alma

Alegrias bruscas, inimagináveis, pelas quais anseio

Sintomas urgentes que me acometem

E que hibernam sombrios na lágrima do meu seio.

Scarllet Souza
Enviado por Scarllet Souza em 19/04/2006
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