subjetivo
Nem mais menciono a subjetividade,
Esse espelho de mil olhos.
Comparo minhas mãos a dos alquimistas
Pela crença surreal do ouro
Essas duas fadas submissas
Efeito contrário ao do tesouro;
E tudo vira uma vanguarda, uma bagunça, gritaria
Quando toco em uma situação alheia
(sinto mesmo o desenrolar da teia)
O mundo não para nunca, todavia;
Acho que é por isso que me emociona
Por essa estabilidade surpreendente
Quando tudo que guardo em mim é pendente;
Sonhos que abrem buracos na alma
Alegrias bruscas, inimagináveis, pelas quais anseio
Sintomas urgentes que me acometem
E que hibernam sombrios na lágrima do meu seio.