Desejos

Cuidado, não me deixem só.
Ficarei ali jogada, entregue.
Meu colchão no canto.
Cabeça quase encostando no teto.

Me sentirei bem, livre, em paz.
Os livros ali, me bastam.
Lerei-os a luz de velas.
Cuidado elas não podem acabar.

De manhã abrirei a janela.
Lá fora há vida, em tudo.
Pássaros , borboletas esvoaçantes.
Flores do campo, cheiro penetrante.

O lago acolá, ainda encoberto
pela neblina, mas diviso
os marrequinhos, as garças, saracuras.
Seus filhotinhos parecem pintinhos.

Sairei, passearei, a mata
aqui perto, já a conheço
sei onde estão as orquídeas
e como gosto de admira-las.

Sou feliz, e saberei ser.
Não me perderei nos pensamentos.
Não mais me dominarão.
Viverei todos os dias, valorizarei.

Cada dia será único.
Sorverei ávidamente.
Cada minuto, cada segundo.
Só há um perigo, ficarei sem comer.

Não gosto, e não sei porque.
Uma perda de tempo.
Bom seria não precisar.
mas não dito as regras.

Gosto do chalé, bem
pequeno, do jeito que imaginei.
Bom ficar ali deitada.
O tempo passar e eu ficar.

Inusitado pode ser.
O que?Ser assim
Escolhi? Não, então.
Tudo bem, aceito...
T
martamaria
Enviado por martamaria em 14/02/2009
Código do texto: T1439810
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