Acabou (II)
Deixa-me ir, então, que necessito de necessidades
Por saber que tenho-as contigo
E ainda assim, não posso tê-las
Tudo em mim protesta, e urra, e chora
O que você jamais saberá
Ao menos não confesso na sua frente
Palavras que se tornaram múmias devassas
Na minha garganta quente.
É o que você finge que ignora
Retumba em você, sonoro,
Tudo vibra entre nós.
Esqueço de por o verbo no passado...
As verdadeiras consciências das respectivas
Representações
Já não importa
De quem é a atuação
Pra mim, são todas remissivas
Imprecações
Gritadas na porta
Rachada da nossa relação