Acabou (III)
E de que adianta alimentar o corpo
Num prazer que ultrapassa fronteiras
Num clímax arrebatador que não some
Quando meu espírito fica torto
Caindo em angústias derradeiras
Carente, tão carente, que morre de fome?
E resta, naquela fresta, como em aresta,
Soluçando, solitário, o seu nome.
Mal pronunciado pela minha boca
Que já rouca
Perde-se em recordações da sua.
Seus olhos se alternam em dor e escuridão
A mente só pensando: “se ao menos...”
Nada além das luas corriqueiras, dos sóis amenos.
E esse vazio, gelado, obscuro, horrendo.
Diz-me: Qual a sensação?