Amar
E trocar o coração triste
Pela suave melodia de uma canção
É esperar a noite adormecer
E recomeçar a vida ao nascer de um novo dia.

Amar
É aspirar os céus com o olhar
É afagar o horizonte que se vê ao longe
Quando o sol de mansinho troca de lugar com a lua.
É buscar no crepúsculo de um sonho a realidade.
 
Amar
É encontrar-se através do outro e tornar essa espera
Num viver sem máscara, o mais simples no mais belo,
No mais singelo o supremo o todo que faltava
Para completar-se.
 
Amar
É compreensão mútua que nasce do quase nada
Para tornarem-se tudo;
É misturar-se no mesmo riso, na mesma lágrima,
Comungar da mesma alegria.
 
Amar
É transformar o imaginário na verdade que lhe dita o coração,
O ressurgir de uma nova vida, esquecer o próprio tempo
E caminhar rumo ao infinito onde moram os sonhos
E tentar realizá-los.
 
Amar
É resignar-se pelo querer e não puder transformar o silêncio
Nas palavras que não foram ditas é desconhecer o sono
Em noites de infinitos sonhos que não passarão de sonhos
E alcançar estrelas.
 
Amar enfim é sentir-se viva.

 

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional