Lentamente a tarde abraça a noite
colocando nela sua última claridade,
como a desmaiar no  aconchego de um amor,
numa entrega, sem pejo ou lamento,
mais um dia que se foi na trilha da vida,
levando com ele alegrias e tristezas,
realizando sonhos ou não

Nesta hora silenciosa da Ave Maria,
em que muitos corações tangem preces,
vago pela tarde de meu dia a meditar,
no deserto que teima em habitar o
existencial  momento, onde só pressinto solitude e não sofro com isso.
É que nas areias do caminho onde não encontro um oásis,
bastaria apenas que no toque do Angelus,
o eco suave de uma voz viesse a mim
e a ouvindo, caminharia em sua direção...

 


 05/03/09    *Marilda*  (lavienrose)

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 05/03/2009
Reeditado em 16/06/2020
Código do texto: T1471045
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