A BRISA DA RAÇA E COMENTÁRIOS.

COMENTÁRIO:

Eis uma prece, de minha autoria, relativa ao poema abaixo inserido e, alusiva ao Racismo colérico, praticado, com desumanidade, pelos seres malevolentes:

DISCRIMINAÇÃO

(Prece)

Senhor Deus das infelizes! Volvei o olhar ameno para as pobres nutrizes, e degrede o racismo pra profundezas dos infernos! Para vós, não vale as nuanças da pele nem o gládio da fortuna e, sim, ardor do coração fervoroso, a docilidade do humanismo e o desprendimento da razão!

Senhor Deus dos humanos! Mirai, com o vosso olhar benevolente, a pobre casta de gente vestida em trapos de pano! Deus de todas as raças, de todas as categorias e dos mundos! Lançai vosso brado nas praças, amenizai as alegorias e acautelai os furibundos!

Vós, senhor Deus! Que num penedo transfiguraste-vos em luz, tende piedade dos meus, em nome de Jesus! Que a luz irradiada se desdobre em nuanças e componente pára que a nossa pobre gente negra sinta a liberdade!

Toda luz é uma mistura de cores, passando pelo branco e o negro na pele da criatura: semente dos vossos louvores!

Deus, meu Deus! Por qual razão os meus que, só tem de vós a imagem, insiste em ter o pobre negro na vassalagem, na miséria e na discriminação? Será que para os segregadores só há valorização da pele envoltório da matéria?

Até nos infernos, decantado pelos prosadores, as fauces dos internos são iluminadas pelos fulgores da fogueira eterna, numa mistura de brasa vermelha, carvão preto e corpos suarentos, que, na cisterna do lamento... Hiberna! Entretanto, naquele lugar infernal existe a luz da fogueira imemorial clareando a escuridão do sofrimento e do mal!

Branco, oh branco! Vossa miséria de sentimentos vos faz esquecer que tem nos intestinos um cancro de fezes em matéria purulenta de negros sedimentos! Será que o catarro que esvai dos beiços do crioulo é mais nojento do que o escarro que flui do miolo dos lábios do branco?

O sangue vermelho de um preto sadio irriga os seus brancos ossos e a negra pele sem... Discriminação! Quando é necessário, o mesmo sangue esquece o relho antigo e corre na veia do branco em doação, nesse caso, o banco aceita sem vacilar por estar no umbral da morte e o sangue crioulo o irá salvar!

Meu Deus! Que a vossa bondade perene nos dê luz ao coração em suave liberdade solene estribada nos ensinamentos de Jesus! Que essa luz nos ilumine a alma e o sentimento para entendermos os seguintes argumentos:

Não é só na África que existia o racismo, ele aconteceu no Marxismo, no nazismo da Alemanha, no comunismo e, também, no Cristianismo de barganha!

O escarro que Jesus recebeu no rosto, e que foi o seu vestibular a caminho do calvário, não tinha cor nem gosto, no entanto, os beiços que o defecaram eram rosados e de um branco em desvario!

A LIBERDADE DE CADA UM COMEÇA, EXATAMENTE, ONDE ACABA O DIREITO DO SEMELHANTE!

A BRISA DA RAÇA

Vento suave e ameno

Balançando as ramas,

É como doce veneno

Adoçando as tramas.

Aragem do horizonte

Na asa da saudade:

Sonoro vento amante

Ventilando a bondade.

Doçura acariciante

Sobre pele Rosada,

Brisa aconchegante

Com odor da amada!

Carícia sem igual

Sobre pele Morena

É toque celestial

Aliviando... Pena.

Suaves ventos que vão

Amenizar pele Escura,

Tem nicho no coração

Onde bondade perdura.

Sebastião Antônio BARACHO.

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