Madrugadas sem você...

Olhei lá longe o sol se escondendo na linha do horizonte,
e todo o seu brilho se irradiava até as nuvens próximas,
reverberando raios dourados que se desmanchavam no mar.

Ah...essas visões que temos de momentos tão maravilhosos,
que mais parecem perfeitos cartões postais de nossas vidas,
aqueles que tentam de todas as maneiras representar o belo,

para criar em nós o milagre das cores e de todas as formas,
que vamos guardando como emoções, e logo recordações,
que num amanhã, talvez distante, se transformem de novo,

gerando em nossa vida expectativas mais audaciosas ainda,
como aquela de segurar a tua mão escondida numa lembrança,
essa que antes vinha de encontro à minha, cheia de ansiedade.

Hoje não quero olhar essa foto que tiramos juntos no Embaré,
porque você, de repente, ficou distante como uma estrela azul,
escondida no universo de você mesma,como detrás de teu muro,

que quando passo fico olhando as grades de proteção elétrica ,
porque numa noite te assaltaram em um momento imprevisto,
e disso até hoje você se ressente porque as marcas ficaram.

Apenas passo e não te vejo mais...apenas enxergo um muro alto,
que o verde da hera vai tomando conta como mãos sensuais,
a percorrer esse teu corpo que nesta noite desejo demais mesmo.

Mas ali está o muro neste iniciar de noite abafada e muito quente.
Apenas um muro intransponível....
Tão intransponível como agora é o nosso amor...

Entro no meu carro...dou a partida, e você vai comigo,
para aquele sempre, do sempre, sempre de nós dois.
Porque de você, meu amor, nunca eu vou esquecer.

Inquieta e bela mulher que você sempre será !!!

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Prosa poética de Cássio Seagull, em 11-04-09 - 21 h SP
Lua cheia – sol lindo – 26 graus.
Beijos e abraços para você...Bom domingo de páscoa...
cseagull2@hotmail.com

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