O (a)mar

A solidão. Ou pior: a escolha por ela.

Certo dia corri pela praia, o mar estava revoltado. Olhei para o céu, e arrisquei os olhos para o lado. Tinha uma garrafa de vinho e uma vastidão de areia. Lá longe via pessoas cantando felizes canções desritmadas. Não era longe, eu queria cantar com eles. Mas corri na direção contrária.

O mar e o vento se misturaram nas batidas do meu coração. O frio me congelava, a não ser pelo vinho que me aquecia dentro. Não! Não só isso: minha mão também estava quente. Não era o vinho que aquecia minha alma, era o amor. Parei de correr. Olhei para trás, não via os cantos e a festa. Estava feliz. O mar brabo, o vento de ruer, alguma tempestade e um amor para me aquecer a eternidade.

Ambientação: scoundrel days (A-ha)

dica: Lê o terceiro paragrafo quando estourar o refrão