Vento e vinho
Vento e vinho I
O tédio e o silência me cortam como um vento seco. No céu reina a lua, bela e sedutora. No chão, reina o caos. Caos e cacos.
O vento sopra na noite profunda. O silêncio machuca o copo de vinho, arquitetamente derramado e estilhaçado. Cacos e caos.
O tédio invade o recinto, e todos olham para a lua. O chão tem caos demais. Ninguém toma cuidado, se ferem com os cacos.
Sozinho em um quarto escurecido. Cacos estilhaçados, caos estilhaçados, alma. Só uma alma. O quarto escurecido.
E não há nada. Só cacos e caos.