FALANDO DE AMOR.
 
Hoje, eu quero falar da coisa mais importante nessa vida, estou querendo me referir ao sentimento que transforma o ser humano em um ser imortal, digamos assim, quase divino.
Esse sentimento ou esse benquerer, é um produto genuíno da alma, por isso se diz que a alma é que ama, e que o corpo é apenas um elo que serve de ligação aos anseios dessa mesma alma.
Na verdade, eu quero falar mesmo é do sentimento chamado de amor, desse sentimento que nos desconstrói emocionalmente.
Amar é como sonhar, pois sonhar é uma manifestação em forma de vinhetas da própria alma, pois na ocasião dessa singularidade do sonhar, tudo é possível e magistral.
É como se estivéssemos vivendo num paraíso, sem dor, sem morte, sem doenças, enfim, sem o mal e, para falar a verdade, se vive virtualmente numa dimensão totalmente inefável.
O mesmo acontece quando realmente nós amamos alguém, tudo se reveste de uma característica especial, a alegria nos invade, nos rimos de tudo e de todos, quero dizer, ficamos infantilizados ou abobados e todos notam a nossa especial motivação para essa nova vida, a de estar amando.
Essa é uma manifestação do divino em nós, pois nesse instante, nos transformamos em pequenos deuses.
Quando se ama, nós vemos as crianças se transformarem em anjos, os dias ficam mais alegres, as pessoas aos nossos olhos ficam mais simpáticas, o céu acima de nós fica num tom azul mais transparente e vibrante, o verde fica mais viçoso e vivo, o vento se transforma em brisa suave, e assim, vivemos um paraíso em nossas almas.
Já se disse que amar é divino, mas ser amado é sublime, também já falou Neruda que amar é navegar com água e estrelas.
Por que será que necessitamos sempre amar alguém?
Porque amar é completar-se e o ser humano não é nada perfeito, por isso necessita de alguém que lhe complete as carências afetivas que são ausentes, daí dizer-se que fulano ou fulana me completa por inteiro, ela é a minha cara metade ou a minha alma gêmea.
Quando amamos verdadeiramente alguém, sentimos um total acoplamento de almas, é como se fossemos medalhas partidas que, ao se unirem, se transformam perfeitamente numa única peça.
Estou escrevendo sobre esse assunto bastante complexo, porque eu também procuro a metade da medalha que se acople perfeitamente à minha.
Dá-me um sorriso, e eu saberei se tu és a minha alma gêmea ou a metade da medalha que tanto eu procuro!
 
 
 
 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 12/05/2009
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