EM CADA CANTO, ALGUÉM SOFRE, OU É FELIZ, UM TANTO

Devo ter vivido, seguramente vivi, mais da metade da minha vida terrena. E pouco sei. Mal me conheço. Sinto saudades de outros tempos, outros momentos... Vamos e venhamos: houve mudanças de cenário e de pessoas, personagens que comigo trilhavam o meu caminho, tempo em que eu trilhava com ele(s), os seus caminhos...demudaram, e eu mudei.

Somos atores do drama da vida, da comédia que a vida tem, dos resvalos, das caídas. Saímos e entramos em cena e há aqueles que saem das nossas cenas e apresentam-se em outros palcos. Hoje convivo com outros e divido o meu tempo, tomara que eu lhes acrescente.

No meu canto, penso que importa preservar a vida e o artista latente em nossas almas. Apresentarmo-nos bem, com decoro, com alegria em qualquer tablado. Afinal, são palcos variados o que a vida proporciona a cada e a todos nós.

No entanto, urge o não – abrir mão, o segurar com força a poesia, ainda que soframos por não ter ou possuir e perder. Em cada canto alguém sorri feliz ao ganhar, galgar, conquistar, descobrir... Feliz/infeliz/infeliz/feliz, por partir ou por ficar.. . Ah! Só um tanto. Nem é eterna a alegria ou o desatino. Tudo passa, muda, perfaz, refaz, morre, vivifica, possibilita ou não cada quesito acima descrito.