RABISCOS DE UMA ALMA PENADA

Se algum dia alguém houvesse me contado que o amor em

demassia era obsessão, estas emoções seriam desfeitas.

Viveria em plenitude e a dor não seria minha morada.

O que é tempo quando se atravessa a eternidade sem

se encontrar.

Alma aflita, perdida num mundo vago.

Divagando por erros motivados pelo egoismo.

Sem abrigo, habitando becos escuros, se refugiando da

luz em busca do perdão.

Tarda os dias a se findar, tarda triste sina a se cumprir.

As mesmas feridas persistem, sangram e doem como no

instante em que foram provocadas.

O corpo maltratado enverga cansado do seu fim insólito.

Não ha como retrosceder nas escolhas, padecer, opção

dos covardes que fogem sem se ausentar de suas escolhas

equivocadas.

A dor existente transpassa a alma, vibra na mente tolos atos.

E fico a vagar tal como alma penada que não soube aceitar

os designos do destino.

O amor urgente do querer incontestável fora ilusão de um

ser atormentado que não soube amar em sua essência.

CamomillaHassan

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 22/05/2009
Código do texto: T1609520
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