O CAMPONÊS
O CAMPONÊS
Não é fácil adaptar-se o camponês, que nascido num rincão com todas as belezas que a natureza lhes deu de presente, ter de morar na cidade grande e conviver com o bulício incessante, o estresse e os perigos que a cidade apresenta.
Era no seu rincão natal que ao alvorecer, a passarada anunciava o lindo e bucólico amanhecer.
À tardinha quando o sol pouco a pouco desaparecia no horizonte, voltava da sua faina diária, e sentando-se na sua varanda florida, pegava a viola e dedilhava as mais singelas e melódicas modinhas.
A lua e as estrelas eram suas platéias costumeiras, que mais ainda emolduravam o belo cenário: bucólico e campestre.
O tempo foi passando e o saudoso camponês, não se desgarrava da saudade intensa que sentia pelo seu torrão natal.
Para amenizar a saudade do 19º andar onde residia e fixando o olhar nos edifícios que o cercava, pegava sua viola e ao entardecer com sua voz afinada e melancólica cantava:
= Se algum dia a minha terra eu voltar/
Quero encontrar as mesmas coisas que deixei/
De rever a terra em que nasci, e correr como em criança/
Nos verdes campos do lugar/
Revivendo os momentos de alegria/
Com meu amor a passear/
NOS VERDES CAMPOS DO MEU LAR.