SEM PEDRAS NA ENGRENAGEM

Do alto da colina

Te esperei

Sabia que vinhas, sabia…

Pedras se atravessaram no nosso caminho

Impedindo-nos de seguir viagem

Há muito iniciada.

Foram areias

Pedras na engrenagem

Que eu sabia

Tinha a certeza

Que mais tarde ou mais cedo

Seriam retiradas

E aí, continuaríamos a nossa viagem

Lado a lado, buscando o nosso horizonte.

Alguns ventos sopraram de outras paragens

Tentando arrastar-me

Me levar nas suas asas

Sem rumo, ou direcção.

Por alguns instantes

Deixei-me levar

Em voo incerto

Em direcção indefinida

Todavia

Não eram esses rumos

Essas paragens

Que procurava

Voei em turbilhão ciclónico

Onde a inquietude e a indefinição

Insistiam e persistiam.

Mas a tua luz

A bússola orientadora

Do teu amor

A força da tua paixão

A vontade enorme do teu querer

Que me fez de novo ver a estrada

De onde já tinha perdido o rumo

A direcção.

Então juntos

Retomamos a nossa caminhada

A nossa viagem

Sem equívocos

Sem barreiras

Sem pedras na engrenagem.

Mário Margaride

Mário Margaride
Enviado por Mário Margaride em 27/05/2009
Reeditado em 29/05/2009
Código do texto: T1618361
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