A POETISA DO LAR E A INSPIRAÇÃO

A POETISA DO LAR E A INSPIRAÇÃO

Sonia Barbosa Baptista

Imagina a poetisa, quando está prestes a receber a inspiração, logo após mandar aviso, que vai chegar, ainda sem saber o momento certo, mas diz: Se prepara porque a caneta vai sobre o papel deslizar.

Então, é chegado o momento.

Mas como fazer?

Se ela ouve o barulho do carro do filho que vem chegando, trazendo o outro filho e o marido que estiveram todo o dia fora de casa no trabalho?

Aí, é a correria, direto para a cozinha acender o fogo e por as panelas para reforçar a quentura da janta, carinhosamente preparada bem antes.

Beijos e abraços, comentários sobre como foi mais um dia de trabalho e a poetisa, sorrindo feliz, no meio dos seus três homens muito amados, ainda presta atenção e pede desculpas à doce inspiração, que chegou e enquanto, sem atenção alguma, fica na cozinha, sentindo o aroma da carne assada, revirando os olhos para a panela de feijão cozido com carne salgada, de repente, ela está sentindo o cheiro da folha de louro que é essencial para um delicioso feijão gordo. Está encantada olhando a linda salada na travessa de vidro, que já está sobre a mesa.

Pede calma, que ela vai esperar.

E passa um tempo, até que todos já estão recolhidos depois do jantar em seus quartos.

Então a poetisa do lar e a inspiração, começam a se entender.

Mas sobre o que mesmo íamos escrever, pergunta sorrindo a poetisa, que um tempo antes era a mulher, esposa e mãe em atividade no lar.

A inspiração sorri e diz:

Você já escreveu como é o início da noite na sua casa.

E eu pude observar um espetáculo lindo, onde a mulher, a família , o jantar e a inspiração estiveram juntos.

29/05/2009

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 29/05/2009
Reeditado em 29/05/2009
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