Um Barco o Mar e Eu
Sou eu no cais a olhar,
Um barquinho a deslizar,
Na superfície lisa,
Acariciado pela brisa
Morna da tarde...
E me bate a saudade
Que invade
No meu peito doente
Insolente ardente.
O barco balança
E avança,
Ganhando distancia
Pelo mar aberto, deserto,
A vista já não alcança,
É uma miragem,
Que segue viagem,
Pro norte ou pro sul
Pelo mar azul,
Levando a esperança
Do meu amor.
E fico a olhar, o barco que vai
Levado pelo vento
Ao relento, sonolento...
Quebrando as ondas
Em seu caminho,
Deslizando vai,
Se fundindo ao azul,
Do céu e do mar,
Sou eu, no cais a olhar,
E o sol vermelho,
Com seus últimos raios,
Vem me abraçar.
Cézar Francescolli