UMA MANHÃ QUALQUER...


Quando Cláudia chegou, cedo ainda naquela manhã, o parque estava deserto... Somente alguns gansos passaevam pelas alamedas. Naquele momento, apenas o branco se suas penas, seus movimentos desajeitados, as conversas ruidosas, contrastavam com a altura das árvores. O verde era de um escuro concentrado, pois o sol ainda não se elevara o suficiente para determinar as nuances de cada espécie botânica. Quando os visitantes começaram a chegar, a paisagem recebeu os primeiros toques de colorido artificial. Camisetas, bermudas, bonés e tênis foram aumentando em número de tons, coalhando as trilhas com as cores mais variadas e inusitadas. O barulho foi aumentando, ainda que não chegasse a incomodar, dada a amplidão daquela área. Sentada num dos bancos, ela tomou uma água de coco, levantou-se e decidiu voltar para casa. Ali já não havia calma para reflexões.